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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O Pedro


O Pedro nasceu há pouco mais de uma semana e nós fomos conhecê-lo ontem. E eu, tal como a mãe dele, fiquei abismada, não sei se com aquele tamanho, tão pequenino, se com o tamanho dos meus magarefes, por comparação tão grandes, tão rapazolas já, tão pouco bebés.
O Pedro nasceu e o Martim ficou boquiaberto a olhar para ele. Nunca tinha visto um bebé tão minúsculo, de modo que o apanhei várias vezes ao lado do berço, numa solenidade que nunca lhe conhecera, muito quieto, muito sério, sem se aproximar. Só a mirar aquela pessoa em miniatura. Foi o caminho todo de regresso a casa a dizer "O Matim não é bebé, o Matim não é bebé", como se constatasse, pela primeira vez, que há gente mais pequena que ele, gente do tamanho de bonecos, gente que se limita a dormir e a chorar um choro que não é bem um choro, é mais um gemido a aprender a ser choro.
E à noite, o Martim voltou a falar no Pedro e a perguntar:
- O Matim não é bebé, pois não?
E a gente sorriu e assegurou-lhe que não. E ele adormeceu, muito mais satisfeito.
(Parabéns, amiga. Bem-vindo, Pedro).

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