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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Ser deficiente não é insulto

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Foto: Raquel Brinca, HUG 

 
És mesmo deficiente.
És mesmo anormal.
És muito atrasada mental.
A toda a hora ouvimos isto. Dizemos isto. Eu tento não dizer (nem sempre consigo, porque é daquelas expressões que fomos usando sem pensar durante anos a fio, e quando finalmente tínhamos cabecinha para pensar já a mania estava mais que enraizada). Sempre que um dos miúdos cá de casa o diz leva logo um responso. "Ser deficiente não é insulto". Quantas vezes eles já me ouviram dizer isto. "O que é que acham que uma pessoa com deficiência sentiria se vos ouvisse chamar isso àquela pessoa que não é deficiente, é só parva de todo?"
 
Bom, hoje arranca a campanha "Ser deficiente não é insulto", levada a cabo pelo BIPP - Inclusão para a Deficiência. O objectivo é justamente alertar para o facto destas expressões não deverem ser usadas como insultos, uma vez que isso só contribui para mais exclusão dos cidadãos com deficiência. 
 
O que é que o BIPP vos desafia a fazer? A partilhar uma foto vossa, com uma tira de fita-cola na boca e o "insulto" que já proferiram ou de que foram alvo. Depois, é só partilhar com uma frase em que digam em que circunstância já disseram ou ouviram o "insulto", explicar que em vez dessa expressão deviam ter usado uma mais apropriada como "palerma", " idiota", "parvo", "irresponsável", sem esquecer os hashtags #naoeinsulto e #bipp. Desafiem os amigos a fazerem o mesmo! Vamos encher as redes sociais com isto, para ver se pomos fim a esta mania que ofende quem não é chamado ao caso e que perpetua a exclusão social.

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