Viagens na nossa terra - Minho #2
O hotel onde calhou dormirmos, perto de Vila Nova de Cerveira, era muito bonito (Hotel do Minho). Foi o único em que tive pena de dormir apenas uma noite. De resto, sobre isto de dormir uma noite em cada hotel, dizer que aprendi uma lição: nunca mais misturo as nossas coisas nas malas. Para a próxima vez que andarmos neste esquema nómada, cada um de nós terá a sua malinha, com as suas coisas. É que andar de rabo para o ar todas as manhãs à procura das roupas de 6 pessoas é coisa para esfrangalhar os nervos a um viajante.
De sublinhar a simpatia da funcionária Ana Luísa Carlos, que fez questão de ir fazer uma fornada de croissants só porque a Madalena se lastimou por já não haver nenhum. Chegámos ao pequeno-almoço mesmo à hora do fim, eu insisti com a Mada que comesse outra coisa, mas a empregada ouviu e ofereceu-se logo para resolver a questão. Adoro encontrar pessoas que fazem a diferença, que se vê mesmo que estão ali com gosto e não com má vontade. Um bom ano para a Ana Luísa!
Ah, não há cá publicidades subliminares ou o que quer que seja que alguns gostam logo de inventar. Nesta viagem não houve parcerias de qualquer espécie.
Depois do pequeno-almoço...seguimos para Valença.
Valença é tão querida, também. As ruelas dentro das muralhas, a vista soberba para o rio Minho e Espanha mesmo ali do outro lado. Andámos muito pelas ruazinhas, tudo muito arranjadinho e limpo, muito bem conservado, conseguimos escapar ao comboiozinho que circulava e que fazia o Mateus gritar "Béuuuuuu!", "Béuuuuuuuu", e fizemos algumas compras.
Em Valença almoçámos só umas sopas e umas sandes porque tínhamos tomado um pequeno-almoço muito reforçado e porque ainda queríamos ir a Monção e dormir em Ponte de Lima.
Assim foi. Em Monção a paisagem na Nossa Senhora da Vista é incrível. O Ulmeiro que lá está, qual baluarte, tem 106 anos e é de uma beleza artística.
Em muitos destes lugares senti muita vontade de estar sozinha ou só a dois. Confesso que estou com uma profunda necessidade de silêncio e de introspecção, que eram reforçados pela beleza e quietude destes sítios.
Mas pronto, depressa era chamada à realidade.
Como aqui, com pequeno Mateus a fazer greve a mais caminhada. 😂
Demos uma volta por Monção, desgraçadamente havia uns insufláveis e umas mesas de jogos e não deu para recusar.
Antes disso ainda tínhamos ido ao Palácio da Brejoeira, ex-libris da região de Monção, uma construção de estilo neclássico do inicio do sec. XIX. Muito bonito, tal como os seus jardins.
Uma tentativa de selfie "só os dois" (mas os emplastros a aparecerem lá atrás)
Ok, venham lá todos, então!
De Monção, seguimos para Ponte de Lima, onde chegámos já de noite. A vila estava toda com iluminações de Natal nas janelas das casas da praça central, e a ponte toda iluminada também. Um autêntico postalinho.
Esta foto não é minha, como se pode ver pela assinatura. A minha, da ponte iluminada, era tão má que dava dó
Jantámos nos Sabores do Lima, a conselho de muitas pessoas a quem pedi ajuda no Facebook do Cocó, mas confesso que fiquei curiosa relativamente ao restaurante A Carvalheira, outro muito sugerido.
Pequeno galã a lançar charme às minhotas, no Sabores do Lima
Ainda demos uma voltinha mas depois fomos descansar para o hotel. Afinal... no dia seguinte havia mais estrada para percorrer.