Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

😔

E ontem... de novo. 

Em Fevereiro do ano passado, quando estivemos em Barcelona para a maratona, eu e o Ricardo comentámos um com o outro: "Um dia ainda um daqueles assassinos entra pelas Ramblas a matar gente". Foi ontem. E foi dilacerante. E, sim, é óbvio que nos dói mais quando é mais perto, quando é um sítio aqui ao lado, quando é um lugar que conhecemos e onde já fomos felizes. Claro que nos magoa sempre a morte de inocentes, mas desde sempre que sentimos mais quando, de algum modo, existe um processo de identificação. Sim, as mortes em Ouagadougou também nos incomodam. Mas não como em Barcelona, porque em Barcelona podíamos ser nós. E em Ouagadougou podíamos menos ser nós. 

Ontem doeu como doeu Paris. Ontem fiz 19 anos de namoro e, por coincidência, fui pedida em casamento em Barcelona. É uma daquelas cidades onde não me importava de viver. Onde já estive nem sei quantas vezes. 

Tenho cada vez mais a sensação de que não estamos seguros em parte alguma. Sim, é o que eles querem. Infelizmente estão a conseguir. A nós resta-nos continuar a viver, a viajar e a aproveitar cada momento, sem cedências. 

2 comentários

  • Sem imagem de perfil

    Marta C. 18.08.2017

    Eu acho que não é o " doer " mas sim o facto de identificação como a Sónia tambem disse . Mas por exemplo ficaria mais sensivel se acontecesse algo a quem conhece do que a quem não conhece . Se o vizinho do lado morrer toca-lhe mais do que o Zé Manel que moram a 900 km de si . Isso não quer dizer que não dá valor a vida . Todas as vidas são importantes e valiosas mas concerteza fica mais sensivel aos sitios e pessoas que se conhece .
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.