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Desde que deixei de tomar a pílula nunca mais tive uma enxaqueca. Já se passaram largos meses. Até hoje. Hoje a dor chegou devagarinho, foi crescendo, crescendo, até dar vómitos, intolerância à luz e ao som, incapacidade de falar. Arrastei-me até à farmácia. O senhor farmaceutico viu a minha cara e deve ter percebido que a coisa era séria porque sugeriu que tomasse o Maxalt (que julgava nunca mais precisar se tomar) logo ali. Na verdade, estava deformada. Tomei, fui-me deitar, com um lenço amarrado à cabeça. Os miúdos foram uns queridos e fizeram pouco barulho e afastaram a Madalena do quarto. Dormi uma hora. E acordei praticamente boa, toda dormente mas sem dores.
Hoje era daqueles dias em que, se não fosse o Maxalt, teria mesmo de bater com os costados no hospital. Obrigada, Maxalt. E agora é esperar pelos próximos meses. Se esta porcaria voltar em força volto a tomar a pílula, que esta história de andar a contar dias é chata e arriscada.
Hoje era daqueles dias em que, se não fosse o Maxalt, teria mesmo de bater com os costados no hospital. Obrigada, Maxalt. E agora é esperar pelos próximos meses. Se esta porcaria voltar em força volto a tomar a pílula, que esta história de andar a contar dias é chata e arriscada.