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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A felicidade tem de vir com fatura?

Este mês tem sido uma verdadeira loucura. 

Fiz anos no dia 3, no dia 7 parti para Bruxelas, no dia 8 conheci o presidente do Parlamento Europeu e participei num debate sobre os influenciadores digitais e o modo como as novas plataformas podem ajudar a passar a mensagem da política europeia, no dia 9 regressei a Lisboa, no dia 10 o Mateus fez anos, no dia 13 o Manel fez anos, no dia 14 fui à cerimónia dos Blogs do Ano e ganhei o prémio para Melhor Blog na categoria "Família". Pelo meio, novas rubricas a começar, outras a ganharem forma, outras em embrião. E, sim, infelizmente algumas coisas menos boas, dolorosas mesmo, de que não importa falar aqui. Conclusão: o meu estômago, que de vez em quando tem a mania de dar o ar da sua graça (ver AQUI) anda feito num oito. Tenho dores intensas, às vezes não consigo comer mais do que um galão durante o dia quase todo (sabe-me tão bem o galão que nem vos passa pela cabeça) e tenho refluxo que me faz andar sempre com uma tosse irritante. Claro que, como boa hipocondríaca que sou, já imaginei várias vezes que é uma coisa ruim mas, como ando a lutar contra esse meu lado, esbofeteio-me mentalmente de imediato e convenço-me que não, hão-de ser só as sacanas das úlceras que devem estar ao rubro.

De qualquer modo, é frequente acontecer-me isto: sempre que tenho um período que é muito bom, seja profissional ou pessoalmente, começo logo a pensar que tudo o que sobe desce, que se é verdade que depois da tempestade vem a bonança também há-de ser correcto que há-de chegar a tempestade logo a seguir à bonança. E vai daí e preparo-me para o pior. Na verdade, se quisermos ser justos, já há coisas suficientemente más a acontecerem à minha volta e a causarem-me sofrimento, por isso é escusado pensar que ainda tem de piorar mais. Mas o meu ladozinho mórbido consegue sempre imaginar cenários mais funestos, sobretudo quando tive um mês tão recheado de coisas boas como este. 

Vocês também são assim? Sempre esta ideia de que temos de pagar a fatura do bom que nos acontece? É a culpa da cultura judaico-cristã, é o modo de ser português, é o fado, é o império perdido, é o quê? Porque raio não pode ser simplesmente bom, sem termos de pagar com juros pela felicidade que construímos ou que nos cai no colo por sorte (que também a há)? Enfim, sugiro debate construtivo na caixa de comentários. A ver se eu compreendo de uma vez que sina é esta. 

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