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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A saudade faz bem ao coração

O meu filho Manel é quem mais tem sentido a nossa falta, nestes dias. À noite, o coração aperta-se-lhe e acaba sempre por mandar mensagens carregadas de saudades. A gente conforta-o, explica-lhe que já falta pouco e que a mãe tem mesmo de trabalhar intensivamente, o que não seria possível com ele e os irmãos aqui em casa. Ele sabe disso mas, ainda assim, sofre. Eu sinto, como quase sempre, que a saudade é uma faca de dois gumes: por um lado magoa que se farta mas, por outro, ajuda a relembrar (a quem precisa de ser relembrado, e os pré-adolescentes às vezes precisam) o amor que sentimos uns pelos outros, a falta que nos fazem aqueles que amamos, e a gratidão por os termos na nossa vida. Por isso, é bom perceber que o meu filho grande, às vezes já tão senhor do seu nariz, ainda está tão ligado a nós, ainda precisa tanto de mimo e, melhor que tudo, (ainda) não se envergonha disso.
De resto, quando lhe contei do vídeo que tinha visto, de uma mãe de filhos crescidos a relembrar os tempos em que eles eram pequenos e de como agora já não lhe davam a mão e estavam distantes (vídeo em baixo, que já aqui tinha postado mas nunca é demais), ele encolheu os ombros, displicente, e disse: "Isso nunca me vai acontecer! Eu gosto demasiado de vocês!"
E eu vou-me enganando, nesta doce presunção de que o amor que aqui mora é eterno e imutável. Depois? Depois logo se vê.

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