A ternura da «chapada na tromba»
Paco Bandeira... Lembro-me da minha mãe ficar toda enlevada a escutar «A Ternura dos 40», que ele cantava quando ela teria uns 40 e picos. Eu, então em plena adolescência, bufava com aquela cantiga pastelona e lamechinhas (eu, nessa altura, era mais Guns 'n Roses).
Hoje Paco Bandeira foi condenado pelo tribunal a uma pena de prisão de 3 anos e 4 meses, com pena suspensa, por violência doméstica. Quando a jornalista da SIC, Amélia Moura Ramos, lhe perguntou o que tinha a dizer da sentença, deu um safanão no microfone, cerrou as mandíbulas e rosnou, entredentes: «um chapadão na tromba!» Pior foi que se ouviu. Toda a gente ouviu, ficou gravado para que o possamos ouvir até à náusea. Com efeito, uma coisa é cantar cantigas para comover quarentonas. Outra coisa é aquilo que se é, da porta de casa para dentro. E ternura não me parece que seja a palavra que prevalece ali.
Hoje Paco Bandeira foi condenado pelo tribunal a uma pena de prisão de 3 anos e 4 meses, com pena suspensa, por violência doméstica. Quando a jornalista da SIC, Amélia Moura Ramos, lhe perguntou o que tinha a dizer da sentença, deu um safanão no microfone, cerrou as mandíbulas e rosnou, entredentes: «um chapadão na tromba!» Pior foi que se ouviu. Toda a gente ouviu, ficou gravado para que o possamos ouvir até à náusea. Com efeito, uma coisa é cantar cantigas para comover quarentonas. Outra coisa é aquilo que se é, da porta de casa para dentro. E ternura não me parece que seja a palavra que prevalece ali.