Balancés: o equilíbrio entre o bem e o mal
Fotos: Christian Chavez/AP
Chamam-se Ronald Rael e Virginia San Fratello, são arquitectos e professores, e acabam de entrar na minha lista de heróis. Foi deles a ideia, agora tornada realidade (esta segunda-feira), de construir balancés através do "muro" que faz fronteira entre os Estados Unidos e o México. Assim, crianças e até adultos separados por um muro que tem sido palco de mortes e detenções violentas, podem brincar "juntos", cada um do seu lado do gradeamento. Ronald Rael postou um vídeo no Instagram e escreveu que esta era uma das mais incríveis experiências da sua carreira e eu não duvido. O filme, de crianças a brincar com um longo e alto gradeamento entre elas, é o símbolo máximo de até onde chega a estupidez humana em contraste com a inocência e pureza infantis. É lindo e trágico, ao mesmo tempo. É o maniqueísmo no seu esplendor: o mau e o bom, a felicidade e a tristeza, a crueldade e a candura.
Eis o vídeo, que o The Guardian publicou no Youtube, com os devidos créditos ao autor, Ronald Rael. E digam lá se isto não é das metáforas mais fortes que viram nos últimos tempos sobre o estado em que está o mundo.