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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Curso da Prevenção Rodoviária, módulo velocidade #3

Foi na passada terça-feira e voltou a ter alguns momentos interessantes.
Um dos primeiros exercícios foi dizermos, numa palavra ou numa frase, a nossa maior qualidade enquanto condutores e o pior defeito. As palavras que mais surgiram foram "condução defensiva", na parte da qualidade, e "impaciência" e "velocidade" na parte do defeito.
Depois, a formadora (que é psicóloga) entregou-nos balões vazios e sugeriu que os enchêssemos. "Ganha o que tiver o balão maior". Soprámos, houve um que rebentou, outros ficaram grandes, alguns enormes, outros mais pequenos. A pergunta que se seguiu foi: "quando é que decidiram parar?" e a intenção foi a de introduzir a noção de risco.
Falámos, então, disso mesmo: de risco. E foi engraçado porque as palavras que surgiram tiveram, na sua maioria, conotação negativa quando, de facto, todos sabemos que por vezes arriscar é profundamente positivo. De resto, já diz o povo: Quem não arrisca, não petisca.
Mas as palavras que foram ditas, provavelmente por estarmos a falar da PRP, foram:
velocidade, desatenção, excesso, acidente, medo, desrespeito, perda, perigo, morte, infracção, regras, abismo, loucura. A única apesar de tudo mais positiva fui eu que a disse: "adrenalina".
Depois de ficarmos a saber as diferenças entre as contra-ordenações graves e muito graves, depois de ficarmos a saber as equivalências de um acidente a 50km/h (= a cair de um 3º andar), a 75km/h (= cair de um 7º andar) e a 100km/h (cair de um 13º andar), fizemos um último exercício:
Foi-nos dado um labirinto, do qual tínhamos de conseguir sair. Se nos enganássemos, não podíamos levantar a caneta, era preciso recuar até ao início, com a caneta no papel, e seguir uma direcção diferente. Ao mesmo tempo, a formadora contava-nos uma história, da qual teríamos de reter a máxima informação possível. Era uma coisa tremendamente descritiva, um casamento entre fulano e sicrana, numa igreja em Sintra, terra da avó do noivo, o copo de água não sei onde, e a lua de mel e o diabo a sete. Às tantas já só ouvia "blablabla whiskas saquetas" e não consegui nem acabar a porra do labirinto nem reproduzir quase nada da história. Lição a reter? Podemos achar que fazemos muita coisa ao mesmo tempo, mas a nossa concentração não é, de facto, a mesma. E conduzir é uma tarefa complexa, que requer toda a nossa atenção.

Nota-se muito que estou a gostar?
Hoje é o último dia.
Talvez se tenha perdido uma acelera.
Espero honestamente que sim.

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