Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Madazinha report

Era meia-noite e ela continuava a tossir sem intervalar um único minuto.  Mesmo depois de ter entrado em cena a artilharia pesada, leia-se o Atrovent e o Ventilan, porque estava com falta de ar. A páginas tantas vomitou-se. E continuava a tossir. Os olhos quase a saírem das órbitas, a barriga a arquear toda, ela muito encarnada como se fosse rebentar. Hospital. Foi o Ricardo com ela. Fez aerossóis e tomou um anti-tússico qualquer. Voltou para casa eram duas e tal, com um sorriso agradecido. Deitou-se e adormeceu. Adormecemos todos. Às cinco o concerto recomeçou. Mas pior ainda. Uma coisa como nunca vi. Tosse consecutiva, sem um frame de sossego. O Ricardo vestiu-se outra vez e foi à farmácia comprar o xarope que a médica das urgências mandou. Mas, enquanto não voltava, fiquei a ouvir aquela tosse e a aflição da minha pequenina que só me fazia lembrar a minha própria aflição durante anos da minha infância. Tive de dar uma bombada porque a minha asma funciona muito por «contágio». Depois, não aguentei mais e fui-me ao Celestone e dei-lhe as gotas da ordem. Quando o Ricardo voltou, seguiu o xarope também. Demorou a fazer efeito. Eram 6.30 da manhã, hora a que o Ricardo habitualmente se levanta, quando ela se calou. Ele já não se deitou, claro está, e foi fazer a barba. Eu adormeci e nem ajudei a preparar os rapazes. Agora, ela dorme. E eu tenho de escrever uma reportagem grande, para entregar amanhã. Sinto-me um trapo do chão.

1 comentário

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.