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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Meia Maratona: check

Dormi 4 horas e meia nessa noite. O Mateus acordou-me às 2h e às 5h e, a partir das 5h, já não dormi mais. A minha mãe, o meu pai e a minha boadrasta chegaram às 8h. Pedimos-lhes para ficarem com o Mateus, a Mada e o Joãozinho. Assim, dividido por todos, custaria menos a cada um. Tirei leite na véspera para deixar para o Mateus, mas sem grande esperança porque não gosta de biberão. Saí um pouco apreensiva a pensar na fome que ele ia passar. Mas pronto, eles lá se arranjariam.
Saímos de casa às 8.15h. Eu, o Ricardo, o Manel, o Martim, a minha irmã, o meu cunhado e a prima Cris. Encontrámo-nos com a Xana (mulher do mister) em Entrecampos e fomos de comboio até ao Pragal. Nervosinhos, nervosinhos. Estivemos à espera da partida cerca de uma hora, que deu para descomprimir.


Com o Pato Ultramaratonista: uma honra!



Foi então que a Xana me disse que o mister tinha dito que queria que eu levasse o seu dorsal. Mais carga: não posso desiludir o homem! Vamos lá!
Depois da partida, demorámos 5 minutos a partir. Estávamos muito cá atrás e passámos os primeiros quilómetros a fazer gincana. Estragou-nos o tempo e cansou-nos um bocado. Mas a seguir veio a descida até Alcântara e deu para animar.
A corrida custou-me. Estava muito calor e comecei a sentir-me cansada logo aos 10km. Aos 15 km comecei a pensar quando é que chegava o momento de voltar para trás. Só via a malta que já estava a regressar e pensava: mas quando????? Quando é que voltamos para trás???? Ainda vou ter de correr isto tudo para trás??? Foi penoso. Parei em todos os abastecimentos: água, powerades, bananas, laranjas… valia tudo para me dar novo alento.
Foi maravilhoso ir a ouvir chamar por mim TODA a corrida: "Força Sónia!", "Vai Cocó!"
Acho que não houve um único quilómetro em que não tenha ouvido puxar por mim. Vocês são mesmo incríveis. Obrigada!
Na recta final, comecei a ver imensa gente a ser assistida. Malta inanimada, a soro, a serem levados em macas, ambulâncias para trás e para a frente. A hipocondríaca que há em mim estremeceu: ai, caraças…  se estes tipos com ar atlético estão a baquear, se calhar baqueio também. Glup..
Fizemos 2 horas e 28 minutos, tempo de chip, que é o que conta porque demorei 5 minutos desde que deram a partida até conseguir realmente partir.
É uma porcaria de um tempo? É. Se conseguíamos fazer mais 21 km a seguir? Mas é que nem pensar!! Nem mais 500 metros! Estamos muito longe da maratona e dei por mim a pensar que esse objectivo é, provavelmente, impensável para mim. Não foi boa, essa constatação. Ainda não desisti. Mas confesso que senti um certo desânimo. Depois, o meu lado mais racional pensou: "calma. Estás a correr há 1 mês e meio… é preciso continuar, treinar mais e mais e mais". Vamos ver.
Aqui ainda faltava taaaanto...




E agora o momento Óscares: Quero agradecer ao meu homem, que se meteu nestas andanças comigo e que torna tudo muito mais divertido. Ao Pedro Almeida, do Treino em Casa, pelos treinos, pela boa disposição, por torcer por nós e por acreditar. À Xana, que encarnou o espírito do mister na perfeição e é uma companheirona de corrida. À Raquel Brinca, à Ana Caldas Lopes e à Ana Garcia Martins que enviaram mensagens de boa sorte. A todas as pessoas que puxaram por mim durante a prova. À minha irmã, cunhado, filhos Manel e Martim e prima Cris, que ficaram perto da meta a torcer por nós. À Sandra Ramos Claro, do Correr Lisboa, por estar na meta a fotografar e a aplaudir. E principalmente à minha mãe, que ficou nos bastidores e fez um almoço maravilhoso e estava bem disposta, e ao meu pai e boadrasta que também estiveram lá em casa, a tomar conta da miudagem. O Mateus bebeu o biberão e tudo! Não sem chorar, mas bebeu e isso é que importa! Vocês foram mesmo os maiores!!!!

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