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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

This is us

Praticamente todas as pessoas que conheço me diziam para ver a série "This is us". Mas foram-se metendo outras séries pelo caminho e, além disso, acho que vimos um trailer qualquer que nos fez ficar com a sensação (errada) de que seria uma espécie de novela, de maneira que fomos protelando. Até que, às tantas, havia tantas pessoas insuspeitas a falarem sobre o assunto que já era como se fôssemos os únicos seres vivos no planeta a não terem ainda vislumbrado aquela que parecia ser a obra-prima das séries.

De maneira que nos iniciámos. E ainda bem. "This is us" é a história de pessoas que podíamos ser nós. Pessoas num mundo adulto que não é propriamente o que sonharam, vindas de infâncias que também não foram exactamente o que podiam ter sido. Cada episódio tem uma tristeza qualquer, mesmo quando não é triste. Difícil explicar. Há sempre um sentimento de imperfeição que perpassa cada personagem, cada momento da vida, justamente a imperfeição de que é feita a vida de todos nós. E, claro, depois há os acontecimentos mesmo tristes, que nos deixam de coração despedaçado. Escrito deste modo, creio que poderei estar a afastar potenciais espectadores, o que é pena. Porque a alegria e a leveza e a superficialidade estão claramente sobrevalorizadas. Haver uma série que nos faz ficar com aquele nó na garganta e que nos faz identificar, no bom e no mau, é de valor. Além disso, os diálogos estão muitíssimo bem escritos, as personagens têm - todas elas - uma coerência rara, a banda sonora é lindíssima, a realização contribui para que nos sintamos voyeurs de vidas que podiam ser as nossas.  

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